Animais de Laboratório na Universidade Federal Fluminense
Desde a década de 1970, a UFF conta com um biotério de criação e experimentação, fruto do trabalho pioneiro do Professor Sylvio Thales Torres na área de animais de laboratório.
O Professor Thales difundiu linhagens isogênicas por todo o país e, em seu laboratório, formou e orientou diversos profissionais que se destacaram na área de animais de laboratório, em instituições renomadas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Entre esses profissionais estavam os médicos veterinários Maria Lúcia Barreto e Carlos Augusto de Martino Campos, que continuaram o trabalho iniciado pelo Professor Thales. Sob sua coordenação, ambos se tornaram os primeiros docentes da disciplina de bioterismo, criada nos anos 1980 pelo Departamento de Imunologia. A UFF foi a segunda universidade do país a oferecer uma disciplina voltada para a formação de médicos veterinários especializados em animais de laboratório.
O Núcleo de Animais de Laboratório (NAL) foi criado em 1991, durante a gestão do reitor Professor Raimundo Martins Romeo, com apoio da Reitoria e vinculado à PROPPi. Com financiamento da FINEP, o NAL assumiu a responsabilidade pela criação de animais de laboratório na UFF. Hoje, ele está vinculado à CPE/PROPPI.
A Professora Maria Lúcia Barreto assumiu a coordenação do NAL após a aposentadoria do Professor Thales. Com o apoio do Médico Veterinário Carlos Augusto, ela sempre esteve à frente dos cuidados com os animais, da gestão do biotério e da busca por recursos para garantir a qualidade dos animais fornecidos para pesquisa e formação na UFF. Juntos, eles participaram de eventos, realizaram cursos técnicos, desenvolveram projetos e orientaram bolsistas, que muitas vezes seguiram carreiras em instituições como a FIOCRUZ e a UERJ.
Sempre atentos à infraestrutura e ao bem-estar animal, eles se empenharam em conscientizar sobre a importância dos animais de laboratório para a formação profissional e o avanço da pesquisa científica na UFF.
Os primeiros passos para a criação do Comitê de Ética em Pesquisa Animal (CEPA) foram dados em 1998, durante a Semana Acadêmica da UFF, graças ao trabalho do Dr. Carlos Augusto. O NAL foi registrado no Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), hoje SBCAL, sob o número 37, em novembro de 1998, com atualizações de cadastro em 2002 e 2005. Além da consolidação do NAL na estrutura universitária, a PROPPI formalizou a criação do CEPA, que já existia desde 2002. Com a promulgação da Lei 11.794/2008, o CEPA passou a se chamar Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA).